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1 de dez. de 2013

Sacola de supermercado

Quanto tempo uma sacola de supermercado leva para se decompor?


Quanto tempo uma sacola de supermercado leva para se decompor?
Unidades de sacolas enfrentam as intempéries na cobertura de prédio no campus do IPT: infelizmente a pesquisa não reproduz as condições reais de lançamento das sacolas em meio orgânico, como nos lixões. [Imagem: IPT]
Embasamento científico
Tente descobrir quanto tempo leva para que uma sacola plástica se degrade no meio ambiente e você encontrará respostas que vão dos 50 aos 500 anos.
Jornais, revistas, ONGs e mesmo o governo usam dados aleatórios, mas ninguém cita um estudo científico para embasar as alegações.
E por um bom motivo: não existem estudos sobre a degradação das sacolas plásticas nas condições brasileiras.
Isso significa que as legislações criadas em diversas partes do país para banir as sacolas plásticas carecem de embasamento científico.
Tirando a limpo
Agora, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) decidiu tirar a questão a limpo.
"A sociedade precisa saber o que acontece depois do descarte," diz a pesquisadora Mara Lúcia Siqueira Dantas, ao explicar as motivações do projeto.
O teste comparativo, que começou a ser realizado em outubro de 2011, vai permitir a comparação, em igualdade de condições, pelo prazo de um ano, do processo de degradação de quatro tipos de sacolas de supermercados.
Serão comparados os seguintes materiais: polietileno comum (sacola tradicional de plástico), polietileno com aditivo para degradação, papel e TNT (sacola retornável, feita de tecido-não-tecido, com base em polipropileno).
O estudo simula a condição de abandono das sacolas no meio urbano, já que essa é a situação que boa parte desse material encontra.
Infelizmente, o estudo não simula as condições de um lixão, por exemplo, onde ocorre a maioria do descarte incorreto do material, que é produzido tendo em vista a reciclagem.
Intempéries
O prazo do teste foi definido para que os exemplares possam enfrentar as quatro estações do ano e todo o tipo de intempérie.
O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP vai fornecer as informações meteorológicas do período de vigência dos testes.
Assim, a degradação das sacolas será considerada diante das variáveis reais do clima, como temperatura, umidade relativa do ar, precipitações pluviométricas, insolação e direção e velocidade dos ventos.
O teste vai permitir a comparação direta dos materiais: todas as sacolas estarão expostas simultaneamente às mesmas condições, sem vantagem ou desvantagem para nenhum material, o que é uma situação realista, pois não será simulada nenhuma condição específica.
Degradação das sacolas plásticas
De acordo com a metodologia do projeto, 40 sacolas foram alocadas na cobertura de um dos prédios do campus do IPT, divididas em grupos de dez unidades. Cada um desses grupos é retirado conforme cada etapa é cumprida.
Assim, as sacolas são retiradas com um mês, três meses, seis meses e 12 meses.
Ao deixarem a exposição, as unidades voltam para o laboratório e passam por ensaios de resistência mecânica, perda de massa e perda de cor.
No total são realizados sete testes, e os dados são comparados com os testes das sacolas novas, apurados antes do início da exposição ao tempo.
Segundo o pesquisador Rogério Parra, os principais agentes de degradação das sacolas plásticas são os raios ultravioleta (UV), a ação mecânica das chuvas e o ataque químico da poluição.
"As sacolas perdem massa, bem como a cor e suas qualidades mecânicas", afirma o pesquisador, explicando que a tendência é que o material venha a se esfarelar com a ação do tempo.
Ciclo de vida das sacolas plásticas
A pesquisadora Mara afirma que esse trabalho poderá ser um passo para uma pesquisa mais profunda, com base em Análise de Ciclo de Vida (ACV) focada em condições brasileiras, já que os dados disponíveis na literatura são experiências realizadas com embalagens na Europa.
As análises de ciclo de vida representam um campo relativamente novo do conhecimento tecnológico.
Seu principal objetivo é fazer inventários das etapas de vida e de descarte de um produto, medindo assim os reais impactos ambientais.
Há relativamente pouca informação sobre os impactos de toda a vida de produtos no meio ambiente em condições tipicamente brasileiras - interpretações baseadas em dados importados podem levar a conclusões equivocadas.
Polietileno degradável
Com os resultados da pesquisa, a discussão sobre esses materiais e seus impactos poderá transcorrer com mais propriedade.
Segundo Mara, uma das questões que será respondida é quanto à eficiência, ou não, dos aditivos para tornar o polietileno degradável.
"Não há consenso sobre a vantagem da adição dessa substância ao plástico," afirma.
Ela acredita que o trabalho poderá contribuir para a educação da sociedade, com a conscientização do impacto do descarte desses materiais no meio ambiente.

27 de out. de 2013

Grafeno

O grafeno é uma das formas cristalinas do carbono, assim como o diamante, a grafite, os nanotubos de carbono efulerenos. O grafeno de alta qualidade é muito forte, leve, quase transparente, um excelente condutor de calor eeletricidade. É o material mais forte já demonstrado, consistindo em uma folha plana de átomos de carbono densamente compactados em uma grade de duas dimensões. É um ingrediente para materiais de grafite de outras dimensões, como fulerenos 0D, nanotubos 1D ou grafite 3D.
termo grafeno foi proposto como uma combinação de grafite e o sufixo -eno por Hanns-Peter Boehm. Foi ele quem descreveu as folhas de carbono em 1962.
 Na época em que foi isolado, muitos pesquisadores que estudavam nanotubos de carbono já estavam bem familiarizados com a composição, a estrutura e as propriedades do grafeno, que haviam sido calculadas décadas antes. A combinação de familiaridade, propriedades extraordinárias e surpreendente facilidade de isolamento permitiu uma explosão nas pesquisas sobre o grafeno. O Prêmio Nobel de Física de 2010 foi atribuído a Andre Geim e Konstantin Novoselov da Universidade de Manchester por experiências inovadoras em relação ao grafeno.
 O grafeno é uma folha plana de átomos de carbono em ligação sp2 densamene compactados e com espessura de apenas um átomo, reunidos em uma estrutura cristalinahexagonal. O nome vem de grafite + -eno; o grafite em si consiste de múltiplas folhas arranjadas uma sobre a outra.
O grafeno foi oficialmente definido na literatura química em 1994 pela IUPAC como:
Uma única camada da estrutura grafítica pode ser considerada como o último membro da série de naftalenosantracenoscoronenos, etc., e o termo grafeno deve, portanto, ser utilizado para designar a camada individual de carbono em compostos de intercalação de grafite. O uso do termo "camada de grafeno" é também considerada para a terminologia geral dos carbonos.
Recentemente, empresas de semicondutores estiveram realizando testes a fim de substituir o silício pelo grafeno devido à sua altíssima eficiência em comparação ao silício.
Em teoria, um processador, ou até mesmo um circuito integrado, poderia chegar a mais de 500 GHz. O silício, por sua vez, trabalha abaixo de 5 GHz. O uso de grafeno proporcionaria equipamentos cada vez mais compactos, rápidos e eficientes, mas o grafeno é tão bom condutor que ainda não se sabe como fazer com que pare de conduzir, formando assim o sistema binário.
Os trabalhos revolucionários sobre o grafeno valeram o Nobel da Física de 2010 ao cientista russo-britânico Konstantin Novoselov e ao cientista neerlandês nascido na RússiaAndre Geim, ambos da Universidade de Manchester.
Uma das aplicações mais recentes do grafeno foi a criação em laboratório de supercapacitores, que podem ser utilizados em baterias e carregam mil vezes mais rápido que as baterias de hoje em dia.
óxido de grafeno também pode extrair substâncias radioativas das soluções de água. A descoberta do fenômeno deve possibilitar a purificação da água (incluindo as águas subterrâneas) contaminada por radiação, tal como ocorreu na área afetada pelo acidente nuclear de Fukushima.
Um grupo de pesquisadores revelou um método de produção extremamente eficiente e barato. Aplicando a radiação laser de um gravador de DVD Lightscribe sob um filme deóxido de grafite produziu uma camada finíssima de grafeno, de alta qualidade e muito resistente, excelente para funcionar como capacitor ou semicondutor.


10 de out. de 2013

LHC

Então o LHC pode realmente criar buracos negros?

Redação do Site Inovação Tecnológica -
LHC poderá produzir buracos negros microscópicos
Mural ilustrativo do detector CMS, no LHC. [Imagem: Claudia Marcelloni/CERN]
O LHC e os buracos negros
Antes que o LHC fosse ligado, em 2010, muito se especulou sobre a possibilidade de que suas colisões de partículas produzissem buracos negros que engoliriam a Terra.
O gigantesco colisor de partículas já fez boa parte do seu trabalho, e até agora não há notícias de que a Terra tenha sido destruída.
Contudo, as teorias sobre buracos negros criados pelo LHC parecem estar ganhando momento entre os físicos - ao menos, buracos negros microscópicos.
É o que nos explica a física Kelly Izlar, em um artigo escrito para a revista Symetry, dos laboratórios Fermilab/SLAC.
LHC poderá produzir buracos negros microscópicos
Ondas gravitacionais poderão comprovar desaparecimento de dimensões. [Imagem: NASA]
A busca por buracos negros microscópicos
Encontrar micro-buracos negros no LHC poderia denunciar a existência de dimensões extras, o que poderia explicar por que a gravidade parece ser tão fraca.
A energia necessária para formar um buraco negro como o que existe no centro da nossa galáxia - a quantidade de energia contida em uma estrela super-maciça morrendo e colapsando sobre si mesma - é muitas vezes maior do que o que poderíamos obter em nossos laboratórios terrestres.
No entanto, se certas teorias sobre a natureza da gravidade estiverem corretas, pode haver uma maneira para os físicos criarem um tipo muito diferente de buraco negro - um tipo tão pequeno e de vida tão curta que sua presença só poderia ser inferida a partir de seu efeito sobre as partículas subatômicas em um detector de partículas.
E esse processo pode estar ao alcance do Grande Colisor de Hádrons (LHC).
De acordo com algumas teorias, há mais do que apenas três dimensões do espaço.
A existência de dimensões extras poderia oferecer uma resposta para um dos mistérios mais proeminentes da física atual: por que a gravidade é tão fraca, quando as outras forças fundamentais são tão fortes?
Quanto mais dimensões houver, mais a gravidade irá se diluir em distâncias cada vez maiores. A força irá enfraquecer conforme se espalha para mais longe, mas vai ser surpreendentemente forte em distâncias curtas.
Se existirem 10 dimensões, por exemplo, então a força gravitacional deve se propagar através de muito mais dimensões espaciais do que podemos detectar; ela vai parecer fraca para nós somente porque sua maior parte é perdida nas dimensões invisíveis.
Os físicos sabem que é necessário uma certa quantidade de energia - muito mais do que o LHC poderia produzir - para fazer um buraco negro microscópico.
LHC poderá produzir buracos negros microscópicos
Foi em 2010 que os físicos fizeram simulações que indicaram que as colisões de partículas podem de fato criar buracos negros. [Imagem: Princeton Physics Department]
Mas se a gravidade for mais forte do que pensamos, então o limiar de energia necessária poderia estar ao alcance tanto do LHC quanto das colisões de raios cósmicos com a atmosfera da Terra, afirma o físico teórico Steve Giddings, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara.
"O que é sensacional sobre buracos negros microscópicos e dimensões extras é que existem muitas maneiras de procurar por eles," concorda John Paul Chou, da Universidade Rutgers, que atua como coorganizador do grupo de física exótica no experimento CMS no LHC. "Mas o LHC é o meio mais limpo e mais óbvio para criá-los e encontrá-los."
Quando duas partículas chocam-se destrutivamente quase à velocidade da luz, uma pequena quantidade de energia concentra-se fortemente em um espaço minúsculo. Se existirem dimensões extras, a colisão poderia revelar a força oculta da gravidade - a energia e a densidade poderiam ser altas o suficiente para se fundirem em um buraco negro microscópico.
Um micro-buraco negro seria muito pequeno e teria uma vida curta demais para ter um efeito significativo sobre seus arredores.
Buracos negros microscópicos não vão destruir a Terra
LHC poderá produzir buracos negros microscópicos
Teoria de Tudo: Será Weinstein a superação de Einstein? [Imagem: Denver Museum of Nature and Science]
A única pista que os cientistas teriam seria uma explosão de partículas extras.
Mas o seu efeito sobre o nosso entendimento da natureza em nível quântico seria enorme. Se os físicos conseguissem produzir buracos negros microscópicos no LHC, eles teriam a prova de que existem mais de três dimensões do espaço.
Os cientistas estão de olho mas, até agora, não encontraram sinais de buracos negros microscópicos, afirma Chou: "Então, ou eles não existem, ou eles são tão raros que nós ainda não geramos um."
Os cientistas poderiam procurar outras dimensões de outras formas, como tentar encontrar versões mais pesadas de partículas conhecidas que poderiam existir somente se houvesse mais de três dimensões, ou procurar evidências de grávitons, portadores hipotéticos da força da gravidade, que fugiram para outras dimensões, deixando uma zona vazia nos detectores.
Mas se o micro-buracos negros não fizerem sua aparição no LHC quando ele for religado em energias mais elevada, em 2015, os físicos terão de ajustar suas teorias e suas abordagens.
"Isso não vai descartar qualquer teoria por si só," disse Chou, "mas vai limitá-las fortemente, como já fizeram as rodadas recentes de 2010-2012 no LHC."








25 de set. de 2013

Robô ganha percepção visual

Robô ganha percepção visual

Com informações da Cordis 
Robô ganha percepção visual
O sistema motor de um robô humanoide deverá ser parte integrante de seu sistema perceptual. [Imagem: Eyeshots]
Robôs e doenças degenerativas
Replicar o comportamento humano em robôs tem sido um objetivo central dos cientistas que trabalham na área.
Um dos principais obstáculos para se atingir esse objetivo é controlar a interação entre o movimento e a visão.
Até agora, os esforços para obter uma percepção espacial precisa e agregá-la a uma coordenação visual-motora têm-se mostrado infrutíferos.
Mas um passo inédito nesse sentido acaba de ser dado por pesquisadores de um projeto financiado pela União Europeia, chamado "Percepção heterogênea 3-D através de fragmentos visuais" - ou Eyeshots, para resumir.
Simulando os mecanismos humanos de aprendizagem, os pesquisadores construíram um protótipo de robô capaz de reconhecer seus arredores e usar a memória para chegar até objetos específicos.
As implicações deste avanço não se limitam a potenciais melhorias na mecatrônica e na robótica - os resultados também vão ajudar a produzir melhores diagnósticos e desenvolver técnicas de reabilitação para doenças degenerativas, como o Mal de Parkinson.
Imagens borradas e consciência visual
O trabalho começou examinando a biologia humana e animal - uma equipe multidisciplinar, envolvendo especialistas em robótica, neurociências, engenharia e psicologia, construiu modelos de computador baseados na coordenação neural de macacos.
A grande sacada desta etapa foi reconhecer que nossos olhos movem-se tão rapidamente que as imagens produzidas são, na verdade, borradas - é o cérebro que junta os fragmentos borrados e gera uma imagem mais coerente do nosso entorno.
De posse dessa informação, os pesquisadores construíram um modelo de computador que combina as imagens visuais com os movimentos dos olhos e dos braços - semelhante ao que ocorre no córtex cerebral do cérebro humano.
Robô ganha percepção visual
O sistema robótico é composto por um tronco com braços articulados e uma cabeça com olhos móveis - nesta imagem, os olhos robóticos ainda não estavam integrados ao tronco. [Imagem: Eyeshots]
Outra premissa usada pela equipe foi a de que estar plenamente consciente do espaço visual ao seu redor é algo que só pode ser alcançado explorando ativamente esse espaço.
Segundo esse conceito, a experiência do espaço 3D ao nosso redor é mediada pelos movimentos dos olhos, cabeça e braços, o que nos permite observar, alcançar e pegar objetos.
Se isso é verdade, o sistema motor de um robô deverá ser parte integrante de seu sistema perceptual.
Robô concentrado
E a coisa parece funcionar.
O resultado final do trabalho é um robô humanoide capaz de mover os olhos e se concentrar em um ponto, e até mesmo aprender com a experiência e usar sua memória para alcançar os objetos, sem ter que vê-los primeiro.
Este é um avanço substancial em relação aos resultados preliminares do trabalho, anunciados em 2011, quando os cientistas conseguiram integrar o que o robô via com a atuação de seus braços.
O sistema robótico é composto por um tronco com braços articulados e uma cabeça com olhos móveis.
Agora, os diversos parceiros do projeto planejam usar os avanços obtidos no trabalho - tanto em termos de hardware, quanto de software - em novos projetos, que vão da construção de robôs humanoides mais completos, até o desenvolvimento de sistemas de fisioterapia e auxílio a pessoas com deficiências de mobilidade.








Robôs que entendem emoções

Brasileiros desenvolvem robôs que entendem emoções

Redação do Site Inovação Tecnológica 
Brasileiros querem desenvolver robôs que entendem emoções
Robôs já fazem parte do cenário atual, mas entender o que os humanos sentem ainda é um desafio ainda a ser vencido. [Imagem: Marcos Santos/USP Imagens]
Pesquisadores da Escola Politécnica da USP estão se preparando para participar de um esforço mundial de criar uma nova geração de máquinas capazes de auxiliar os seres humanos em suas tarefas diárias.
Na área emergente da "Computação Afetiva", o objetivo é criar robôs ou agentes de software que possam se lembrar dos aniversários ou mesmo de fazer uma ligação importante, indo além dos assistentes de voz que já existem para celulares e computadores.
O primeiro desafio a ser enfrentado pela equipe será desenvolver um algoritmo capaz de reconhecer a emoção de seres humanos em diferentes meios, como vídeo, áudio e até redes sociais.
Para se ter ideia do tamanho do problema, um estudo recente mostrou que a frase "Eu sou um homem", pode ter 140 significados diferentes, dependendo do contexto, momento e entonação - e este é apenas um dos muitos exemplos.
Inclusão do português
Os professores Fábio Gagliardi Cozman e Marcos Pereira Barretto querem ser um dos pilares do grupo brasileiro que participará no esforço mundial para criar robôs capazes de compreender os humanos e agir de acordo com essa compreensão.
"Não queremos criar extraterrestres ou seres que vão dominar o mundo", brinca Barretto. "Assim como o carro nos ajuda na locomoção e uma máquina de café na preparação de uma bebida saborosa, a ideia é desenvolver seres que possam ser significativamente úteis aos humanos."
Mesmo estando relativamente fora do circuito principal de tecnologia robótica, os pesquisadores acreditam que o Brasil oferece muito espaço para a execução de um projeto científico tão ambicioso.
"A maior parte do trabalho já desenvolvido na área de Computação Afetiva serve para a língua inglesa", explica Barretto. "O trabalho da Poli, e de outros centros de pesquisa brasileiros, concentra-se no português do Brasil e constrói, tijolo por tijolo, as bases para que no futuro, quando a tecnologia alcançar maturidade necessária, nossa língua não fique de fora."
Linguagem das emoções
Já existem dispositivos que analisam no ato qual emoção caracteriza melhor um rosto numa foto. Contudo, essa técnica está longe de ser a ideal.
"A análise de fotos por vezes engana o observador, pois o algoritmo poderia identificar raiva, quando na verdade o fotografado estaria pronunciando uma vogal fechada", afirma Barretto.
O desafio então é ter os mesmos resultados dos algoritmos instantâneos, mas com imagens em movimento, que se aproximam das situações reais.
Brasileiros querem desenvolver robôs que entendem emoções
Os bonecos servem de inspiração, porque o trabalho real ainda está na programação e na criação de algoritmos. [Imagem: Marcos Santos/USP Imagens]
Os primeiros passos estão sendo dados pelos pesquisadores Diego Cueva e Rafael Gonçalves, membros da equipe.
Gonçalves desenvolveu um programa que percorre trechos de 5 segundos de vídeo e identifica as alterações na musculatura da face que caracterizam sentimentos de alegria ou medo, por exemplo.
De acordo com resultados preliminares, o trabalho consegue identificar quatro tipos de emoção em seres humanos - alegria, tristeza, raiva e medo - com 90% de acerto.
Cueva analisou a conotação que as palavras têm nos diálogos. Pegando trechos de áudio, o engenheiro comparou os dados de um algoritmo de reconhecimento de emoção de voz com informações publicadas no Twitter - "viagem", por exemplo, possui uma conotação mais positiva, enquanto "morte" é mais associada a coisas negativas.
Realismo
Apesar de promissores, os trabalhos desenvolvidos na Poli representam passos iniciais de uma área que tem muito a crescer.
E os pesquisadores brasileiros não entram na tendência ufanista que é muito comum de se ver na área: "Não tenho expectativa de ver esses robôs funcionando no meu tempo de vida", confessa Barretto.
"Simular o comportamento humano, mesmo em situações ridiculamente simples é estupidamente difícil", reconhece ele.
Ainda assim, os pesquisadores seguem confiantes: "Ainda estamos longe do objetivo principal, mas a cada dia descobrimos uma coisa nova," conclui Barretto.








21 de set. de 2013

Transporte ultrarrápido

Sistema de transporte terrestre ultrarrápido é open-source

Redação do Site Inovação Tecnológica 
Trem pneumático de alta velocidade é <i>open-source</i>
[Imagem: Teslamotors]
Tubo a jato
O fundador da SpaceX e da Tesla Motors, Elon Musk, finalmente anunciou os detalhes de sua longamente esperada "revolução nos transportes", depois de meses de especulações e rumores.
Apesar das novidades e desafios tecnológicos, o que mais chamou a atenção é que o milionário liberou todo o projeto no formato open-source.
Batizado de Hyperloop, o "tubo a jato" foi projetado, segundo Musk, para se tornar o "quinto meio de transporte", depois de aviões, trens, barcos e carros.
O sistema lembra em tudo o mecanismo de transporte de pequenas cargas no interior de edifícios, onde as cargas chispam de um andar para o outro no interior de dutos, empurradas pneumaticamente - esse sistema é muito comum no Japão e no Reino Unido, que conta com redes de dutos de carga que cobrem partes inteiras de cidades.
A diferença é que o Hyperloop é maior e está sendo projetado para levar também pessoas.

Trem pneumático de alta velocidade é <i>open-source</i>









Vagão sobre esquis
Os passageiros e suas bagagens vão viajar no interior de minivagões independentes que se moverão no interior de tubos sob baixa pressão, atingindo velocidades de cerca de 1.200 quilômetros por hora.
A ideia básica é um sistema híbrido - meio monotrilho, meio pneumático -, onde vagões circulares apoiados em esquis deslizam no interior de um tubo no interior do qual a pressão é mantida abaixo da pressão atmosférica.
Um motor de indução linear, semelhante aos utilizados em montanhas-russas, acelera o vagão até sua velocidade de cruzeiro. Outros motores de indução colocados ao longo do trajeto dão impulsos adicionais, mantendo a velocidade quase constante durante a maior parte da viagem.
O ar no interior do tubo fica a um milésimo da pressão atmosférica.
Mesmo nessa baixa pressão, um acúmulo de ar na parte da frente do vagão aumentaria o arrasto. Para evitar isso, um exaustor na frente do vagão suga o ar, pressurizando-o e enviando-o para a cabine frontal, e daí para fora através de pequenos orifícios nos esquis.
Isto permite que o vagão deslize através do tubo sobre uma almofada de ar.

Trem pneumático de alta velocidade é <i>open-source</i>






Trem livre
A maior surpresa veio quando Musk anunciou que estava divulgando os planos como um projeto open-source, transformando o Hyperloop no maior projeto do hardware livre disponível até hoje.
Ele afirmou que não tem tempo para se dedicar ao projeto no momento, mas disse que está tentado a fazer um protótipo de demonstração.
Segundo o investidor, um sistema Hyperloop unindo as cidades de Los Angeles a São Francisco custaria apenas US$ 7,5 bilhões, cerca de um décimo do custo do trem de alta velocidade atualmente planejado entre as duas cidades.
Ele também estima que uma passagem para uma viagem pelos 610 quilômetros do trajeto poderia custar US$20, cerca de metade do preço da passagem do futuro trem de alta velocidade.
Os custos operacionais baixos são devidos em parte à utilização da energia solar, captada por painéis colocados na parte superior dos tubos.

Maior caminhão do mundo

O “fora de estrada” Caterpillar série 797F é considerado o maior caminhão do mundo, com a maior capacidade de carga, podendo carregar até 400 toneladas.A Caterpillar 797 é uma série de off- estrada , especificamente produzida para alta produção mineira. 



Em 1998 se iniciou a série 797. Em 2002 foi lançado o 797B e em 2008, o atual modelo 797F.
A Caterpillar anunciou o primeiro 797 em 29 de setembro de 1998 na fábrica de Decatur, Illinois. Em 1998, os 2 primeiros Caterpillar 797 foram transportados para o campo de provas no Arizona. 



Em 1999, o terceiro e o quarto 797, produzidos foram os primeiros a serem colocados a serviço de um cliente na Bingham Canyon Mine , em Utah, com capacidade de transportar 360 toneladas.


Na primavera de 2002, a Caterpillar apresenta o 797B, substituindo a primeira geração de 797. Este com mais potência, capaz de transportar 380 toneladas. O primeiros 797B, entraram a serviço de clientes em outubro de 2002.
Em setembro de 2008, surgiu a mais recente e potente versão da série, com capacidade de carga de 400 toneladas, o 797F. 
No final de 2009, a 797F substituiu o 797B.
O pneu de 4 metros de altura custa US$ 40 mil.



Embora o preço varia de acordo com as especificações de cada cliente, o Caterpillar 797F custa em torno de US$ 5,6 milhões.


Características 
- Motor: Cat C175-20 ACERT V-20 3,793 hp
- velocidade maxima: 68 km / h 
- Comprimento: 15,09 metros - Altura: 7,44 metros 
- Peso vazio: 623,770 toneladas
- Total de carga suportada: 400 toneladas.
- Peso com carga: 1.023,770 toneladas
- Capacidade de combustível: 3,785 litros